Já temos vacinas que previnem a gripe, mas há um problema. Os especialistas precisam continuar criando vacinas direcionadas a cepas específicas de gripe, se quiserem que essa estratégia preventiva seja eficaz. Os cientistas podem criar uma vacina contra a gripe para governar todos eles?

A gripe - que as pessoas geralmente chamam de "gripe" - é uma das doenças mais comuns no mundo.

Duas cepas de vírus - estirpe A e B - são responsáveis ​​pela gripe. Essa doença levou a entre 9,3 e 49 milhões de casos estimados de doença todos os anos desde 2010, apenas nos Estados Unidos, de acordo com o Centers for Disease Control and Prevention (CDC).

Como existem cepas virais diferentes e cada cepa tem muitos subtipos diferentes, os médicos devem administrar a vacina correta a cada vez. Eles precisam usar um que tenha como alvo as cepas e subtipos específicos que circulam na população para que essa abordagem preventiva seja bem-sucedida.

Até o momento, não houve uma "vacina universal" que possa atingir efetivamente todos os vírus influenza. Mas os pesquisadores estão se aproximando do desenvolvimento de um?

Uma equipe de pesquisadores da Escola de Medicina Icahn em Mount Sinai, na cidade de Nova York, NY - em colaboração com colegas de outras instituições - criou uma nova abordagem que pode mudar a maneira como os cientistas pensam sobre o direcionamento de vírus.

Essa abordagem também pode, no futuro, fornecer um caminho para a vacina universal contra a gripe, como sugerem os pesquisadores no estudo que publicaram recentemente no The Lancet Infectious Diseases.

'Movendo-se para uma vacina universal contra a gripe'
Peter Palese e Florian Krammer lideraram os pesquisadores, que voltaram sua atenção para a hemaglutinina, uma proteína que está presente na superfície dos vírus da gripe e os direciona para as células hospedeiras, que eles infectam.

A hemaglutinina tem dois componentes: um chamado de "cabeça", que difere de cepa para cepa, e um chamado de "caule", que varia menos entre as cepas virais.

Com base nessas características, os pesquisadores decidiram tentar desenvolver uma vacina que visasse o caule da hemaglutinina, que é menos variável. Para esse fim, eles trabalharam com uma variante de proteína chamada "hemaglutinina quimérica" ​​(cHA).

Em um ensaio clínico de fase I - para o qual eles recrutaram adultos saudáveis ​​- os pesquisadores testaram vários esquemas de vacinação com base em cHA para determinar quais poderiam estimular o corpo humano a produzir anticorpos capazes de proteger contra a gripe em geral.

Uma dessas abordagens - "uma única vacinação com uma vacina quimérica adjuvante à base de hemaglutinina [vacina inativada contra o vírus da influenza]", como os pesquisadores descrevem - foi bem-sucedida na ativação de anticorpos que combatem vários tipos diferentes de vírus da gripe.

"A vacina induziu uma ampla resposta de anticorpos, que não foi apenas reativa para o vírus influenza humano atualmente em circulação, mas também para os subtipos de vírus influenza aviário e morcego", observa o professor Krammer.

"Foi surpreendente descobrir que a formulação inativada com adjuvante já induzia uma resposta anti-caule muito forte já após o início, sugerindo que uma vacinação pode ser suficiente para induzir proteção contra vírus influenza pandêmico ainda por surgir", acrescenta ele.

"Os resultados indicam que estamos caminhando para uma vacina universal contra o vírus influenza, mas esses ainda são resultados intermediários. Resultados adicionais estarão disponíveis após a conclusão do estudo no final de 2019".

Florian Kramer
Os pesquisadores também divulgam que receberam uma bolsa do atual estudo da Fundação Bill & Melinda Gates e que a GlaxoSmithKline forneceu alguns dos materiais (vacinas e adjuvantes) que eles usaram. O apoio financeiro crucial também veio do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas.